Diagnóstico do perfil dos profissionais da pesca artesanal em Itanhaém (SP)
Data da postagem: 19 Janeiro 2009
Avançar em programas de capacitação de pescadores artesanais, de maneira a fortalecer a atividade pesqueira e profissionalizar o trabalho visando tornar a atividade atrativa e sustentável, bem como manter a qualidade do pescado. É o que se espera a partir do Diagnóstico do perfil de profissionais da pesca artesanal de Itanhaém/SP, apresentado em dezembro último pela Unidade Laboratorial de Referência em Tecnologia do Pescado, do Instituto de Pesca (IP-APTA) vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
O estudo é resultado de uma parceria do Instituto de Pesca, por meio do laboratório, com o SEBRAE/ER Baixada Santista, para caracterizar os profissionais da pesca artesanal e a atividade nos municípios da Baixada Santista. O propósito é a prospecção das oportunidades, dificuldades e problemas do setor pesqueiro, bem como propor recomendações que apóiem o desenvolvimento e a competitividade do setor.
Este estudo poderá nortear algumas ações locais, considerando que na região as comunidades de pesca possuem características bem específicas e distintas. Isto é indispensável, tendo em vista o elevado consumo de pescado por parte destes profissionais e seus familiares e a grande representatividade da pesca artesanal na produção pesqueira do município
Existem ao redor de 430 pescadores no município de Itanhaém, segundo informação da Colônia de Pescadores Z-13 José Anchieta. Os resultados do diagnóstico foram apresentados, na sede da colônia Z-13, para as principais lideranças do setor e cerca de 58 pescadores artesanais. Os dados apresentados foram obtidos entre os meses de outubro de 2007 e julho de 2008, por meio de inquérito aplicado pelas pesquisadoras Thaís Moron Machado, Rúbia Tomita e Érika Fabiane Furlan a 45 pescadores artesanais do município, mais especificamente da região onde esta sediada a Colônia de Pescadores Z-13, nas imediações da praia dos pescadores.
Com base nestes dados, foram identificadas as seguintes necessidades do público alvo: capacitação sobre as diferentes técnicas de pesca; capacitação em boas práticas de manipulação (BPM) do alimento pescado; capacitação na área de qualidade e/ou sanidade no processamento do pescado; treinamentos em associativismo e cooperativismo visando ao fortalecimento da colônia; seminários sobre acesso às linhas de crédito disponíveis, legislação pertinente a pesca artesanal, pesca responsável e impacto da construção prevista do Porto de Peruíbe na pesca local.
Outras demandas são: suporte na busca de parcerias nas áreas de Saúde (como a viabilização de atendimento médico e dentário para associados à Colônia), Educação (inclusão digital) e Suporte Jurídico; auxílio na formação de parcerias e estratégias para adequação das estruturas de manipulação e comercialização do pescado existentes (boxes), expansão dos módulos de boxes para atendimento a um maior número de profissionais e implementação de fábrica de gelo e de estrutura para armazenamento de pescado; capacitação em manutenção das embarcações e em marketing, comercialização e empreendedorismo.
Já foram realizados trabalhos semelhantes em São Vicente e a previsão é de que o município de Bertioga seja o próximo contemplado com a realização de um diagnóstico.
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
(11) 5067-0424
Assessoria de Comunicação do Instituto de Pesca
Antonio Carlos Simões
(13) 3261-5474