O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) subiu 1,98% na primeira quadrissemana de setembro de 2009, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. O aumento foi resultado da alta de 4,13% no índice de produtos de origem vegetal, já que o índice de produtos animais apresentou queda de 3,35% no período. Com a exclusão da cana-de-açúcar do cálculo, o índice geral sobe um pouco (para 2,35%) e o índice de produtos vegetais tem expressiva alta (para 7,78%).
As altas mais significativas ocorreram nos preços do tomate para mesa (88,65%), da banana nanica (42,66%), da carne suína (11,26%) e das laranjas para mesa e indústria (5,66% e 4,06%, respectivamente). No caso do tomate de mesa, a quebra de safra levou o preço do produto a patamar nunca antes alcançado nesta época do ano (mais de R$ 44,00, quando o preço médio nos meses de setembro anteriores foi de R$25,00 a caixa de 22kg), dizem os pesquisadores Eder Pinatti, José Alberto Ângelo, José Sidnei Gonçalves e Luis Henrique Perez.
Já a redução na oferta da banana nanica, provocada pela formação dos cachos nos meses de inverno, e o aumento da procura induzida pelo clima mais ameno de setembro determinaram a acentuada variação de preços do produto. Por sua vez, a alta no preço da carne suína decorre do aumento da demanda, principalmente por parte da indústria que está incrementando a produção de derivados, com vistas ao consumo do final do ano.
Também pesou a redução da produção, dizem os autores da análise. “Nos últimos meses, os preços da carne suína ficaram abaixo do esperado, por conta da influência da gripe suína. Porém as cotações mostram recuperação parcial, visto que em média estão na mesma faixa dos preços praticados no mesmo período de 2007, mas ainda menores (quase 50%) em relação ao mesmo período de 2008.”
A retomada das aulas e o fim do período de inverno mais intenso elevam o consumo de suco de laranja e refletem no comportamento dos preços, observam os pesquisadores do IEA. “Na laranja industrial, persiste o efeito das variedades com maior rendimento e qualidade de processamento.”
As quedas mais relevantes foram verificadas nos preços do feijão (17,59%), da carne de frango (17,29%), do milho (4,61%) e da carne bovina (2,15%).
Veja a íntegra do estudo.
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
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