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IAC registra oito cultivares de plantas em 2018

O Instituto Agronômico (IAC-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, registou oito cultivares de plantas em 2018, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Foram registradas cultivares de cebola, barbasco, barbasco-amarelo, arroz de tipo agulhinha, arroz arbóreo, feijão carioca e cana-de-açúcar. O melhoramento genético convencional é considerado o carro-chefe do IAC. Ao longo de seus 132 anos, o Instituto lançou e disponibilizou para os produtores 1.076 cultivares de plantas.

Confira as características dos novos materiais:

Cebola IAC Aram: Cultivar de cebola resistente à mancha púrpura e moderadamente resistente à raiz rosada e tolerante a altas temperaturas. É uma alternativa de cultivo para os produtores no período do verão, um dos maiores desafios da cultura no Estado de São Paulo. Possui ciclo de 130 a 150 dias, bulbos de formato arredondado, de coloração amarelo-clara e boa conservação pós-colheita.
Barbasco e barbasco-amarelo: Os barbascos são plantas exóticas, provenientes de zonas tropicais, que produzem raízes com componentes medicinais. Essas raízes contêm os compostos secundários diosgenina e iamogenina, sendo o primeiro de maior valor econômico. Diversos esteroides podem ser produzidos a partir da diosgenina, os quais são utilizados na indústria farmacêutica para a produção de medicamentos como anti-inflamatórios e anticoncepcionais. A principal diferença entre as espécies de Dioscorea composita (Barbasco) e de Dioscorea floribunda (Barbasco-amarelo), registadas em 2018, está nas raízes, que na segunda espécie apresenta coloração amarela. Os valores de diosgenina também podem variar de 1,4% a 4,8% da matéria seca aos três anos para Dioscorea floribunda e 4,7% da matéria seca somente aos seis anos de idade para Dioscorea floribunda.

Arrozes IAC 108 e IAC 109: As duas cultivares são indicadas para produção em área irrigada por inundação. São do tipo agulhinha, com grãos translúcidos e macios, qualidade superior quando comparado aos padrões do mercado. O potencial produtivo médio do IAC 108 é de seis toneladas por hectare, superando o dos materiais já cultivados no Vale do Paraíba, principal região produtora paulista. O porte ereto das plantas proporciona o plantio com menor espaçamento e resistência ao acamamento. Podem ser plantadas em janela mais ampla, de agosto a meados de janeiro. São resistentes às brusones da folha e da panícula, a principal doença do arrozal. A IAC 108 tem maturação média de 125 dias e a IAC 109, de 120 dias.

Arroz IAC 301: Cultivar do tipo arbóreo com excelente qualidade para o preparo de risoto. É superior à IAC 300, primeira cultivar nacional para este segmento. Agronomicamente, apresenta-se como mais produtiva, com maior rendimento industrial e mais resistente ao acamamento, devido ao menor porte das plantas, características que dão a cultivar IAC 301 maior competitividade e segurança na produção. A IAC 301 produz cerca de quatro toneladas por hectare na região do Vale do Paraíba. É resistente às bruzones da folha e da panícula. É moderadamente resistente à escaldadura foliar e a mancha parda.

Feijão IAC 1850: Apresenta tolerância ao escurecimento do grão e às principais doenças que acometem a cultura, como a antracnose causada pelo patógeno Colletotrichum lindemuthianum e a murcha de fusarium, causada pelo patógeno Fusarium oxysporum. Destaca-se também pelo alto potencial produtivo nos diferentes ambientes de cultivo nos estados onde já está recomendada: São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Seus grãos mantém coloração clara por um período de 90 dias, aproximadamente, permitindo ao agricultor verificar qual a melhor época de comercialização em função dos preços repassados pelo mercado consumidor. A cultivar apresenta porte semi-ereto adequado para colheitas mecânicas, com ciclo semi-precoce, em torno de 88 dias da semeadura à colheita dos grãos.

Cana-de-açúcar IACSP0-46007: A cultivar é fruto de um trabalho regional de seleção e melhoramento, com origem de seleção na região paulista do Médio Paranapanema, em que as condições climáticas são caracterizadas por distribuição de chuvas com adequada regularidade. Apesar de esta condição favorecer o acúmulo de biomassa, também contribui para a ocorrência de importantes doenças, como mosaico, ferrugem e carvão. As principais características da IACSP04-6007 são: ausência de florescimento, hábito de crescimento ereto, manutenção da produtividade ao longo dos ciclos de desenvolvimento, crescimento inicial acelerado (pós-plantio e pós-colheita, ambos mecanizados) e boa adaptação ao Manejo do Terceiro Eixo, constituindo-se, portanto, em tecnologia IAC para manejos avançados e produtividade acima dos três dígitos. Nova cultivar do IAC pode ser caracterizada como rústica, com boa performance produtiva para colheitas realizadas no outono, associada ao uso de maturadores e excelentes resultados na safra de inverno.

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