Data da postagem: 18 Maio 2007
O pesquisador da Embrapa Trigo, Gilberto Cunha, destaca que é impossível prever geadas em um longo prazo, especialmente, as que causam danos no Sul do Brasil, ou seja, as que ocorrem tardiamente no início de setembro. Em outras épocas, as geadas não acarretam grandes danos como as de setembro que danificam os cultivos de trigo em seu momento mais crítico, que é o de espigamento/floração.
Para prevenir as perdas, Cunha orienta que a estratégia que o produtor tem para minimizar os riscos de geada em trigo é seguir o calendário de semeadura preconizado pelo zoneamento agrícola. Também se orienta que haja a diversificação das semeaduras da lavoura e que não se concentre toda a área cultivada em um só momento de semeadura. Conforme Cunha, num período de 40 dias o ideal é semear 1/3 em cada momento, para não
predispor ao risco de geada toda a área cultivada.
O pesquisador também reforça que é importante dentro da propriedade escolher, preferencialmente, áreas menos sujeitas à ocorrência de geadas severas, como o caso das baixadas, e, se possível, com exposição norte.
Chuvas:
O excesso de chuva e a umidade que acontecem principalmente na primavera no sul do Brasil prejudicam o trigo por criar uma condição de ambiente favorável ao desenvolvimento de doenças de espiga, afetando, assim, de maneira negativa o rendimento e a qualidade dos grãos.
Sobre as chuvas, Cunha diz que a estratégia para o produtor é de escolher uma cultivar que tenha boa resistência genética às doenças e também lançar mão, quando necessário, de defensivos químicos para proteger as lavouras. Mas, principalmente, atentar para obedecer
esquemas de rotação de culturas.
Todavia, para a safra de 2007, o pesquisador fala que as perspectivas climáticas são extremamente favoráveis para o cultivo de trigo. Conforme o pesquisador, neste momento está havendo uma transição nas águas do Oceano Pacifico da fase neutra para La Niña. Conseqüentemente, não se espera que a primavera deste ano seja extremamente chuvosa, como é comum acontecer em outros anos. Isso, portanto, deverá caracterizar uma boa
condição climática para o trigo. As informações são da assessoria de imprensa da Embrapa Trigo.
Redação
Fonte: Agrolink