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Sustentabilidade de pastagens: manejo adequado reduz emissão de gases de efeito estufa

A prática da integração lavoura-pecuária e o uso de leguminosas figuram entre as tecnologias mais promissoras para reduzir a curva de emissão de carbono. A conclusão é do pesquisador Valdinei Tadeu Paulino, do Instituto de Zootecnia (IZ-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, e da pós-graduanda em Produção Animal Sustentável  Erika Maria de Lima Celegato Teixeira. 
Eles publicaram recentemente o trabalho “Sustentabilidade de pastagens – manejo adequado como medida redutora da emissão de gases de efeito estufa”, que apresenta dados sobre altura pré e pós-pastejo das principais gramíneas forrageiras tropicais e algumas técnicas como dieta alimentar, melhoramento genético e uso de microorganismos metanotróficos para mitigar a emissão de metano.
A pecuária tecnicamente conduzida, dizem os pesquisadores, reduz as emissões de GEE (gases de efeito estufa) e aproveita melhor os recursos, incluindo emprego de resíduos e uso de biodigestores, como alternativa para incrementar o nitrogênio no sistema e elevar a eficiência no uso do carbono. O uso de leguminosas em pastagens tem demonstrado quase que invariavelmente aumentos no carbono orgânico no solo, quando comparado com a pastagem exclusiva de gramínea.
Segundo os pesquisadores, a prova de ganho de peso realizada em Sertãozinho pelo IZ há 50 anos, que visa seleção e melhoramento de raças zebuínas, mostra que “o uso de animais geneticamente mais produtivos, criados em pastos adequadamente manejados e bem nutridos, contribuiu para a redução da idade de abate de 36 meses para 18 meses de idade. Essa intensificação na produção é capaz de reduzir a emissão de metano em até 60%”.
A exploração da atividade pecuária praticada de forma racional, dizem os pesquisadores, é uma ferramenta benéfica ao seqüestro de carbono. “Evidentemente que a produção de CO2 equivalente pode variar em função, por exemplo, do uso de fogo e também da decomposição dos dejetos dos animais.”
Eles lembram que as pastagens, em que se baseia a produção animal, ocupam dois terços da área agricultável do mundo. “A baixa fertilidade do solo e o manejo incorreto são apontados como causas principais da degradação das pastagens. Isto provoca a diminuição no seqüestro de carbono que representa uma compensação às emissões de metano e óxido nitroso.”
A recuperação de uma pastagem degradada, tornando-a bem manejada, representa vantagem no aspecto de retirada de CO2 atmosférico, observam os técnicos que alertam também para o problema da queimada.  “Além disso, a queimada gera gases que vão resultar em ozônio atmosférico, que é prejudicial à saúde vegetal e animal, e ainda retira do ar os íons OH* que deveriam neutralizar o gás metano eliminado pelos bovinos.”
Além da redução do desmatamento da Amazônia em 80% (anunciada pelo governo e prevista na Política Nacional de Mudanças Climáticas), os pesquisadores lembram que o Brasil tem como metas diminuir em 40% o desmatamento do Cerrado; recuperar pastos; realizar plantio direto; fazer fixação biológica do nitrogênio; aumentar a eficiência energética; incentivar o uso de biocombustíveis; expandir o uso de hidrelétricas; investir em fontes alternativas como a eólica; e substituir o carvão proveniente de desmatamento pelo de árvores plantadas na siderurgia.
Novas tecnologias como desenvolvimento de vacinas, caracterização genômica de microorganismos metanogênicos e metanotróficos estão sendo estudados em diversas partes do mundo, dizem os pesquisadores. “Elas representam contribuições alternativas para atender a proposta nacional em reduzir de 30 a 38% a emissão de gases de efeito estufa até 2020.”
Link: íntegra do trabalho “Sustentabilidade de pastagens – Manejo adequado como medida redutora da emissão de gases de efeito estufa”
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende/Maitê Laranjeira
(11) 5067-0424
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