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Brasil pode colher mais de 60 milhões de toneladas de soja em 2008

Os produtores de soja brasileiros deverão plantar em 2007/08 uma área capaz de produzir, em condições climáticas normais, mais de 60 milhões de toneladas, apontaram três das principais consultorias agrícolas do país, observando que os preços internacionais são o maior estímulo para o aumento de produção. Neste ano, o Brasil colheu 58,4 milhões de toneladas, um recorde, que pode ser batido em 2008 caso as chuvas sejam regulares e permitam uma produtividade satisfatória. "Os produtores devem plantar pelo menos 22 milhões de hectares", disse por telefone o diretor da Agroconsult André Pessoa, observando que essa área permitiria uma colheita um "pouco acima" de 60 milhões de toneladas, se o tempo colaborar, como ocorreu em 2006/07. A Agroconsult, que está finalizando a sua primeira estimativa da safra, também organiza o "Rally da Safra", que percorre anualmente as lavouras brasileiras e levanta os dados de produção em um período que antecede a colheita. Neste ano, o levantamento divulgado em março após o rali apontou uma safra de soja recorde de 58,4 milhões de toneladas, o mesmo volume divulgado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) nesta semana. O rali também estimou corretamente a produção de algodão: 1,52 milhão de toneladas. Falta de crédito - Em 06/07, os produtores, após duas temporadas de crise, reduziram a área semeada com soja para 20,6 milhões de hectares, ante 22,74 milhões de hectares em 05/06. Na terça-feira, ao comentar as perspectivas para 07/08, o diretor de Logística da Conab, Sílvio Porto, afirmou que a área da próxima safra poderia crescer entre 5 e 10 por cento. No caso do maior nível do intervalo da avaliação de Porto ser atingido, o Brasil plantaria a partir de setembro/outubro cerca de 22,7 milhões de hectares, voltando ao patamar de 05/06. Outras consultorias, como a Agência Rural e a Céleres, já divulgaram as suas previsões para a área de soja do Brasil, de 22,8 milhões e 21,9 milhões de hectares, respectivamente. A Agência Rural estimou, em condições climáticas normais, uma produção de 63,3 milhões de toneladas, e a Céleres previu nesta semana uma safra de 61,47 milhões de toneladas. Para a Céleres, a valorização do real frente ao dólar, que reduz os rendimentos na moeda nacional do produtor brasileiro em meio a preços elevados no mercado externo, deverá impedir o plantio de 1,3 milhão de hectares. Já o diretor da Agroconsult avalia que os problemas relacionados ao crédito agrícola, decorrentes do endividamento gerado nas safras 04/05 e 05/06, está pesando mais na decisão do produtor nesse período pré-plantio. "Na reta final, o que pesa mais é o crédito. Mas mesmo com o dólar fraco e o aumento do custo com fertilizantes, esse nível de preço permite uma rentabilidade positiva mesmo lá no Centro-Oeste", declarou Pessoa. O Centro-Oeste brasileiro, a região que mais produz soja no país, também sofre mais com aumento de custos logísticos, por estar mais distante dos portos exportadores. "A rentabilidade não está uma beleza, mas ela ficará no nível deste ano ou melhor", acrescentou Pessoa.| Roberto Samora/Reuters. Fonte(s): Revista Fator - Sao Paulo

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