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Dia Internacional do Café tem tudo a ver com o IAC

Para celebrar o Dia Internacional do Café, comemorado pela primeira vez neste 1º de outubro de 2015, o Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, vem lembrar seus resultados científicos que viabilizam o prazer do cafezinho aos brasileiros de todas as regiões.
O Instituto paulista é responsável pelo desenvolvimento de 90% das cultivares de café tipo arábica plantadas no Brasil, que é o maior produtor mundial do grão e o segundo maior consumidor da bebida. Nesse cenário, é possível afirmar, sem medo de errar, que o IAC tem muito a ver com este primeiro Dia Internacional do Café.
O Instituto Agronômico já desenvolveu 65 cultivares de café arábica, aquele que gera a bebida de garrafa. Este dado resume a relevância da pesquisa paulista para o agronegócio café. E para todos os consumidores que acreditam que a vida só começa após o cafezinho.
Essas lavouras são plantadas, principalmente, com as cultivares do IAC chamadas Catuaí e Mundo Novo, em suas diversas linhagens comerciais. As duas se adaptam a diversos sistemas de produção e a praticamente todas as regiões produtoras. “O preço do café varia muito e quando está baixo, geralmente, os pequenos e médios produtores não conseguem manter as lavouras adequadamente. Mesmo em condições desfavoráveis, essas cultivares sobrevivem e, assim que o produtor retoma os tratos culturais necessários, elas respondem e produzem como antes”, explica Gerson as Silva Giomo, pesquisador e diretor do Centro de Café do IAC.
Nos outros 10% do parque nacional, ocupados por materiais desenvolvidos por outras instituições de pesquisa, também há cultivares IAC. Cinco delas merecem destaque pelo vigor, produtividade, qualidade de bebida, resistência ou tolerância à ferrugem e nematoides. São elas: Icatu (vermelho e amarelo), Burbon (vermelho e amarelo), Obatã, Tupi e Ouro Verde.
O IAC também é responsável por eficientes tecnologias de produção cafeeira, que envolvem poda, mecanização e cultivo no Cerrado. “Somente o sistema de colheita mecânica reduz em 40% os custos na cafeicultura e os primeiros estudos nessa área foram feitos pelo Instituto Agronômico; mais uma vez a ciência contribui para reduzir custos em importante segmento agrícola, como recomenda o governador Geraldo Alckmin”, destaca o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim.
Programa de Cafés Especiais do IAC envolve produtos com sabor e aroma diferenciados
O IAC tem se dedicado a estudos sobre qualidade de bebida e com esse foco criou o Programa de Cafés Especiais. O perfil sensorial diferenciado, com ênfase no aroma da bebida, tem sido a aposta do Programa de Cafés Especiais do Instituto Agronômico, com potencial para obtenção de cafés com nuances de sabor e aroma floral, frutado, achocolatado, cítrico, entre outros de interesse ao nicho de cafés especiais.
Os novos esforços são focados na geração de novas oportunidades para o setor. A proposta é disponibilizar uma “carta de cafés” — opções variadas de cultivares de alta qualidade. Há também a possibilidade de reorientar as pesquisas científicas que possam resultar em materiais específicos para as demandas apresentadas e as regiões geográficas onde se pretende cultivá-los. Esse direcionamento é necessário porque a qualidade é muito sensível às variações de ambiente.
Os novos materiais em estudo no Instituto são cultivares IAC: Bourbon Vermelho, Bourbon Amarelo, Caturra, Icatu, Obatã e Mundo Novo, além de híbridos e acessos do Banco de Germoplasma. A seleção envolve características qualitativas, como tamanho do grão e qualidade de bebida. Em relação à agregação de valor, é possível obter pelo café especial um valor até três vezes maior que o do café comum.
Materiais promissores estão sendo cultivados em escala experimental para avaliações agronômicas e tecnológicas. Ressalta-se que o cultivo do café especial é igual aos demais. “Maiores mudanças deverão ocorrer na pós-colheita, etapa em que as técnicas específicas de processamento e secagem deverão ser implementadas para potencializar a qualidade do café”, explica.
O Programa utiliza padrões internacionais para avaliação da qualidade dos cafés especiais, com os métodos recomendados pela Specialty Coffee Association of America (SCAA) e pelo Coffee Quality Institute (CQI), dos Estados Unidos.
Texto: Carla Gomes (MTb 28156)
Assessoria de Imprensa - IAC

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