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Sanidade animal, fator chave para abertura e manutenção de mercados, será discutida na live Terças do Agro

Evento organizado por unidades de pesquisa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP será realizado em 20 de julho, às 17h
A sanidade animal e sua importância para a produção sustentável será tema da segunda edição do Terças do Agro, evento online organizado pelas unidades de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em conjunto com o Instituto iCorps Brasil. O evento, que contará com a participação de pesquisadores e representantes da iniciativa privada, será realizado em 20 de julho, das 17h às 19h, e será transmitido pelo canal de Youtube da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. As inscrições podem ser feitas em https://icorpsbrasil.com.br/eventos/

De acordo com Liria Okuda, pesquisadora do IB, a sanidade é uma das barreiras tratadas nos acordos bilaterais entre os países importador e exportador. O tema se torna ainda mais relevante, uma vez que o Brasil vislumbra ser livre de Febre Aftosa sem vacinação até 2026. “Isso coloca o país em outro patamar para competir de igual para igual com os principais mercados mundiais”, afirma a pesquisadora, que é responsável pelo Laboratório de Viroses de Bovídeos do IB.

A pandemia do novo coronavírus, segundo Liria, evidenciou a importância da saúde, a necessidade de vigilância epidemiológica e as melhorias constantes do setor, como no desenvolvimento de testes diagnósticos mais rápidos e acessíveis, educação sanitária e desenvolvimento de medicamentos sustentáveis para atender a cadeia produtiva e que sejam economicamente viáveis, inclusive para os pequenos produtores.

As perspectivas e oportunidades nesta área será tema da fala do pesquisador do Instituto de Zootecnia (IZ-APTA), Geraldo Balieiro, que abordará como a sanidade animal está inserida no contexto da produção com sustentabilidade. De acordo com o pesquisador, há uma tendência no mercado consumidor do mundo todo na substituição de alguns medicamentos usados na produção dos animais, como os antibióticos.

“Isso nos coloca novos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de mecanismos naturais com uma abordagem integrada que concilie o potencial genético do animal, o manejo, a alimentação e o uso de profiláticos, por exemplo. Com isso, temos novos campos de atuação para empresas e para a pesquisa, desenvolvimento e inovação”, explica.

Vacina e probiótico para peixes

Na área da aquicultura, a sanidade também é fundamental para o crescimento do setor e o desenvolvimento de vacinas e de probióticos são peças chaves para isso, na visão de Leonardo Tachibana, pesquisador do Instituto de Pesca (IP-APTA).

Ele explica que as doenças infecciosas são um grande desafio para a criação de peixes, e podem afetar diretamente a sustentabilidade do negócio, pois podem se espalhar rapidamente entre os animais, elevando muito as taxas de mortalidade e os custos da produção pela utilização de medicamentos, como os antibióticos, além de impactarem negativamente a produção, reduzindo o potencial zootécnico dos animais sobreviventes.

“A utilização de vacinas na aquicultura tem se tornado a ferramenta mais importante para o controle de enfermidades bacterianas e virais. Um dos motivos para o sucesso da criação de salmão na Noruega, por exemplo, foi a utilização em larga escala de diversas vacinas. A indústria do salmão no Chile e na Noruega vivenciaram uma drástica redução no uso de antibióticos desde a introdução de vacinas. O IP está desenvolvendo pesquisas científicas para o desenvolvimento de vacinas contra as bactérias: Francisella noatunensis subsp. orientalis, Streptococcus agalactiae (tipo Ib e III) e Aeromonas hydrophila, assim como estudos para a produção de uma vacina polivalente”, conta.

Os probióticos, produtos compostos por micro-organismos vivos ou viáveis que trazem efeitos benéficos para a saúde dos animais, pode melhorar o desempenho da vacinação contra doenças infecciosas. “Vimos isso em um protocolo desenvolvido pelo Instituto de Pesca que utilizou probióticos na alimentação de tilápias em cultivo intensivo. O protocolo melhorou o desempenho da vacinação contra infecções de uma das principais doenças das pisciculturas comerciais”, explica o pesquisador.

Terças do Agro

A segunda edição do Terças do Agro terá a moderação de Ana Eugênia de Carvalho Campos, diretora geral do Instituto Biológico (IB-APTA), e de Flavio Grynszpan, que integra a direção executiva do Instituto iCorps Brasil. Para discutir a temática “A importância da sanidade para o Brasil consolidar sua posição sua posição no mercado mundial de produção animal sustentável”, o evento contará também com a participação de Alan Branco, da Genobionas, Angelo Melo Silva, da Ouro Fino, Antonio Albuquerque, da Iara 4.0, Carlos Eduardo Junqueira, da Vitafort, Lis Marie Monteiro, da Vetadvisory, além de Moacir Marchiori Filho, da UCBVet, e Sarah de Oliveira, da Lex Experts.

O Terças do Agro é uma iniciativa conjunta do Instituto Agronômico (IAC), Instituto Biológico (IB), Instituto de Economia Agrícola (IEA), Instituto de Pesca (IP), Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), Instituto de Zootecnia (IZ), APTA Regional e Instituto iCorps Brasil.

Até novembro de 2021 serão unidos esforços da pesquisa, do setor produtivo e de jovens empreendedores para discussão de temas estratégicos para o agronegócio, buscando identificar as oportunidades, os desafios, os avanços científicos e as possibilidades de unir esforços para tornar o Brasil um forte player global nos diferentes segmentos do agro.

A primeira edição do evento pode ser assistida clicando aqui.

Por Fernanda Domiciano
Assessoria de Imprensa – APTA
fdomiciano@sp.gov.br
gsalmeida@sp.gov.br

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